As crianças da ilha "6º Período"
O texto abaixo compõe um dos trabalhos elaborado pelas alunas Bruna Albuquerque, Flavia Geisy, Julycleid Borges, Nikaelle Jardim, Viviane Almeida, Natalia de Jesus e Tatianny Lívio, proposto pela profª. Andreza Fabrícia Pinheiro da Silva, que ministrou a disciplina Saberes e Metodologias da Educação Infantil II.
·
Jean Piaget
Teórico
da Psicologia da Inteligência que buscou descobrir como os homens constroem o
conhecimento por meio de sua teoria da Epistemologia Genética
afirma que a inteligência tem uma função
de fazer com que o homem se adapte ao meio e uma estrutura que tende a
organizar os processos (complexos ou não) dos conhecimentos à serem assimilados
e afirma também que todo conhecimento se constitui a partir das relação
sujeito-objeto, ou seja, do ser humano com tudo aquilo que ele pode estabelecer
contato (coisas construídas, naturais, ideias, relações interpessoais, etc).
Sua teoria provou, portanto, que os seres humanos não são passiveis,
podendo, assim, re-elaborar o que assimila.
Para que se venha a compreender essa teoria do
desenvolvimento da inteligencia e construção do conhecimento, alguns termos
dever ser conhecido:
· Assimilação:
interpretar o mundo a partir de informações que o próprio homem “julga”
necessárias.
· Acomodação:
modificação que as estruturas mentais realizam para compreender o objeto a ser
conhecido.
· Equilibração: ao
tentar assimilar o objeto, o homem encontra um “obstáculo”, pois o mesmo possui
singularidades. Daí ocorre a acomodação,
para que o conhecimento do objeto seja efetuado, havendo, assim, um “choque” entre
o conhecer e o não-conhecer o objeto em questão, e é, portanto, esse confronto
que caracteriza o desequilíbrio das estruturas mentais. Ou seja, a equilibração
é o conflito entre a assimilação e a acomodação.
·
Abstração
empírica: o homem retira as informações
do objeto a ser conhecido, focando nas ações que podem ser realizadas sobre
ele.
·
Abstração
reflexiva: o homem retira informações das ações sobre o objeto a ser conhecido.
Esses conceitos são essenciais para compreender a
aprendizagem e desenvolvimento da criança que, segundo Piaget, se dá em estágios,
que não pode ter sua sequência violada.:
· Sensório-motor,
de zero a 24 meses - compreendido pelo período pré-linguístico, e, portanto,
essa fase caracteriza-se pela inteligência demonstrada a partir da ação (inteligência prática),
que acentua o desenvolvimento perceptivo e motor. Nessa estágio, a criança
constrói a noção de objeto permanente – o que NÃO está ao alcance da sua
percepção, mas que sabe-se que existe, ou seja, aos poucos a criança irá
descobrir que o mundo funciona com uma objetividade própria, independente de
sua percepção – de causalidade – quando a criança percebe que o mundo
não se “move” de acordo com seus desejos e vontades –, ideia de meios e fins
– as crianças conseguirão associar e organizar as ações que servirão de
meio para atingir outra ação, que seria sua finalidade, e de espaço
e tempo.
·
Pré-operatório,
de 2 à 7 anos – caracterizado pela ação interiorizada, nessa estágio a criança
já se utilizam da linguagem e realizam associações de objetos por meio
representações (imagens mentais). Dois conceitos são bastante presentes:
moralidade e egocentrismo, pois a
criança nessa faixa etária apresenta ainda muita dificuldade de se por no lugar
do outro.
·
Operatório
- nessa fase, a criança desenvolve a
organização do pensamento lógico, caracterizada pelas ações interiorizadas
reversíveis, ou seja, já consegue manipular o mundo por meio da representação,
podendo retomar ou anular a ação imaginada/pensada, sem cometar qualquer
contradição.
· concreto, de 7 à
11 anos: inicialmente, a crianças apresentará dificuldade para assimilar os
objetos não-concretos, portanto, será necessário manipular, vivenciar ou
lembrar situações;
· e formal, de 12
até o fim da vida: nesse período, já se torna possível trabalhar com a lógica
hipotética e com situações ditas “distantes” da sua realidade
Ainda
vale ressaltar a questão do desenvolvimento moral da criança na teoria de
Piaget. Segundo o autor, a moral apresenta-se em constante evolução, assim como
o conhecimento e a inteligência, possuindo, do mesmo modo, estágio de
desenvolvimento:
· Anomia: quando a
criança ainda não tem a noção da moralidade;
· Heteronomia: a
moralidade se resume ao respeito pela autoridade e pela obediência, apenas.
· Autonomia: a
noção de moralidade está internalizada na criança, e ela o compreende como um
respeito mútuo entre os sujeitos.
Em
suma, a teoria de Jean Piaget nos traz a compreensão de que a “o sujeito aprende porque ele se desenvolve”,
ou seja, a aprendizagem nos sujeitos se desenvolve de dentro do seu eu
para fora (o meio externo ao mesmo).
Psicólogo pioneiro nos estudos do desenvolvimento
intelectual das crianças na perspectiva pedagógica, acreditava que a
aprendizagem se dava por interações sociais e dependia das condições de vida de
cada indivíduo.
Vygotsky desenvolveu sua teoria com base no que ele
denominou de Planos Genético do Desenvolvimento, que se divide em
quatro etapas:
·
Filogênese: história da especie animal que
caracteriza a mesma, onde a linguagem se apresenta separada do pensamento.
Nessa etapa, o pensamento não funciona no plano simbólico, apenas no concreto,
o que Piaget e Vygotsky denominam de pensamento
prático ou inteligência prática.
· Ontogênese:
desenvolvimento de um membro de determinada espécie.
· Sociogênese: os fatores sociais que
interferem nos fatores psicológicos.
· Microgênese: história dos pequenos fenômenos
do desenvolvimento do sujeito.
Dentro dessa teoria, Vygotsky
contribui com algumas concepções sobre a linguagem, os instrumentos simbólicos e
a aprendizagem em si.
Segundo o autor, a Simbologia (ou
instrumentos simbólicos), constituída principalmente pelos signos e a língua, é
desenvolvida socialmente e tem como principal função a comunicação e o
pensamento generalizante – ou seja, o uso da linguagem para classificar e
representar os objetos do mundo. Os signos, constituídos culturalmente, para
Vygotsky, tem para o ser humano a mesma função dos instrumentos de trabalho:
estabelecer uma relação sujeito-sociedade, dando sentido as representações.
Assim como o signo, a linguagem é principalmente instrumento simbólico, posto
que é utilizado para expressar o desenvolvimento do pensamento, além de
estabelecer a comunicação humana.
·
Henri Wallon
Wallon
tem uma visão interacionista, ou seja acredita que o há influencias de dentro
pra fora do sujeito e de fora pra dentro. De acordo com Pacheco e Prandini,
a teoria de Walloniana
considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada ao meio em que está
imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também integrados.
Assim, a ênfase é para a integração – entre organismo e meio e entre as
dimensões: cognitiva, afetiva, e motora na constituição da pessoa P.1.
O desenvolvimento da criança
inicia quando recém-nascida, tendo as recargas motoras (movimentos e reflexos),
que se basea em efeitos da mãe. A afetividade é o primeiro encontro no mundo, e
a vida psiquica é o retorno da vida orgânica com o meio social. Os primeiros
meses da vida da ciança carcteriza uma composição do meio e o seu rápido desenvolvimento.
O desenvolvimento das funções por sua vez, depende das condições de maturação e
exercícios, ou seja, da influência do meio. Na fase sensório-motora está a base
dos movimentos e a percepção. A cognição acontece a partir das condições orgânicas,
sendo assim ocorrem influências do organismo biológico e o meio. Junto a
evolução da espécie humana, de maneira genetica, se econtra a função
simbólica/signo que atribui a identificação e representação de um objeto, por
exemplo. Wallon aceita, a existência de três leis que adequam o processo de
desenvolvimento da criança em direção ao adulto: a lei da alternância
funcional, preponderância funcional e a da integração funcional. Outro ponto
importante é a Emoção, essa por sua ve retrata a afetividade; isso é reflexo e
reflete em seu meio. Em algumas situações as emoções até podem se sobrepor a
razão.
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